Entrevista de Geeta S. Iyengar concedida a Lois Steinberg em 2002. Tradução livre de Maurício Frighetto.
LS – Já que estamos falando sobre pranayama, você poderia falar sobre o significado de Hanuman (Deus Macaco) para o yoga?
Geeta Iyengar – Na verdade, Hanuman é chamado Prana Dev. Ele é o Senhor do Prana. E é dito que todos os cinco Pranas existem nele com plena potência: Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana. Isso significa que o Senhor Hanuman tem controle sobre os cinco Pranas. E por meio desse controle ele tem certos Siddhis (poderes sobrenaturais). No conto do Ramayana, Hanuman realmente mostrou essas qualidades. Hanuman também era um bom músico. Ele também era praticante de yoga. E até certo ponto ele era um Prana para Rama, se Rama fosse a alma. Veja, dizemos que a alma é a potência interna que temos, Drsta. E este Drsta deve ser servido por Drsya – o (O Vidente). Isso é o que dizem os Yoga Sutras de Patanjali. Rama é considerado o Purusha, e Sita é o Prakrti. Hanuman é o Prana porque a conexão entre o Prakrti e o Purusha está apenas no caminho do Prana – a energia cósmica, a inteligência cósmica.
Prana não é apenas a respiração, mas a energia. E a respiração é o processo pelo qual você aplica essa energia para descobrir quão profundamente essa energia penetra e se infiltra, quão divina é essa energia, quanta purificação dessa energia é possível. Como você pode realmente explorar essa energia? Temos energia escondida dentro de nós. A energia tem que subir. Também serve ao Purusha de maneiras diferentes. E é isso que os Yoga Sutras de Patanjali dizem, no Vibhutu Pada: você pode obter controle sobre os diferentes canais de energia. Eles estão conectados com os cinco elementos e a menos que o Prana una esses cinco elementos, o néctar dos cinco elementos não surgirá. Cada elemento tem sua própria força, sua própria energia. Quando o Prana se une, essa energia sobe. É assim que Hanuman serviu Rama e Sita, Purusha e Prakrti, por meio de sua energia, por meio de sua própria potência.
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Confira os outros trechos
Geeta Iyengar sobre Pranayama (parte 1)